Reflexões sobre o papel do advogado na aplicação da Advocacia Sistêmica é destaque no novo episódio do podcast da advocacia mineira
“Será que na sua advocacia você tem exercido uma postura de salvador’ ou ocupado o seu verdadeiro lugar de valorizar a escuta ativa, o diálogo e a busca por acordos e soluções consensuais, em vez de uma abordagem litigiosa e adversarial?” Essa foi uma das importantes reflexões do episódio desta semana do Conexão Caixa, o podcast da advocacia mineira. Recebemos nos estúdios da Rádio CAAMG a presidente da Comissão de Direito Sistêmico e Justiça Restaurativa Rita Diniza, a vice-presidente Camilla Silva e ainda as advogadas e membros da Comissão, Raquel Caram e Isabela Cristina da Silva.
Durante a conversa, as convidadas trouxeram perspectivas inovadoras sobre como o Direito Sistêmico e a Justiça Restaurativa representam um método de solução consensual dos conflitos. Para exercê-lo é necessário ao advogado a manutenção de um conjunto de habilidades e competências, as quais juntas oferecem uma ampliação de consciência e uma visão sistêmica dos conflitos como explica Rita Diniz. “Nossa proposta é trazer um novo olhar principalmente para a postura do advogado, que vai buscar entender e tratar os conflitos e questões legais a partir de uma visão sistêmica, considerando não apenas os aspectos jurídicos, mas também os aspectos emocionais, relacionais e sistêmicos envolvidos”.
Essa visão diferenciada na atuação da advocacia a partir do Direito Sistêmico vai permitir ao operador do Direito compreender as dinâmicas dos conflitos e da violência de forma mais ampla, além das aparências, favorecendo, assim, uma habilidade que auxilia no posicionamento profissional mais adequado à pacificação das relações envolvidas.
Rita Diniz enfatizou a importância do advogado sair do papel de “salvador” e assumir um lugar de facilitador no processo jurídico, ajudando o cliente a encontrar soluções que, muitas vezes, vão além do campo jurídico e do envolvimento em questões emocionais e comportamentais.
Camilla Silva reforçou, por meio de exemplos concretos como a advocacia sistêmica parte do pressuposto de que os conflitos e questões jurídicas estão inseridos em contextos maiores, que envolvem as relações humanas e os sistemas sociais e culturais. “Quando um cliente entra em nosso escritório traz
com ele todo o seu sistema familiar, emoções e sentimentos e comportamentos. Neste sentido uma cliente que estava em uma situação de superendividamento em processos judiciais que envolvia 6 bancos, me procurou. Através da constelação familiar sistêmica olhamos para a situação familiar dela e meses depois ela conseguiu por meio da constelação, inclusive depois levou a filha e o marido para constelarem e juntos, conseguiram negociar e resolver o problema do superindividamento”, compartilhou.
Raquel Caram e Isabela Cristina da Silva também compartilharam suas experiências com o Direito Sistêmico, ressaltando que essa nova forma de advogar tem trazido resultados surpreendentes.
Isabela ainda aproveitou o podcast para questionar: “Existe mágica no Direito Sistêmico? Claro que exisate e sabe qual é?”. Para descobrir só assistindo ao episódio que convida os profissionais da área a refletirem sobre seu papel no processo jurídico e a considerar novas abordagens que, além de efetivas, promovam uma atuação mais consciente e transformadora.
Acompanhe o Conexão Caixa:
https://www.youtube.com/c/CAAMGOAB
https://radio.caamg.org.br
Spotify